quinta-feira, 26 de abril de 2012

FOTOS de GESTAÇÔ

GESTAÇÔ com LINDAS placas toponímicas
ÚNICA FREGUESIA de BAIÃO com uma RUA no PORTO (perto do Parque da Cidade)

ESCOLA PRIMÁRIA dos CARVALHAIS  no CENTRO de GESTAÇÔ
JUNTA DE VACAS (pormenor em vias de extinção)
GESTAÇÔ edifício da JUNTA de FREGUESIA
GESTAÇÔ CASA das BENGALAS (Museu e venda de Bengalas)
CENTRO CÍVICO (instalado na Feira, ao fundo um Grande Palco)
PARQUE INFANTIL (instalado no Centro Cívico), para DELÍCIA das Crianças
BENGALAS (Mostruário existente na Casa das Bengalas)
Quinta do Candeiro (na Feira) (com portão saído de 1 filme antigo...)
Quinta da Mera (comércio de FLORES)

Presunto de Sabor EXCELENTE
Garrafeira (aguarda por Maio para o engarrafamento)

2 Presidentes: Câmara de Baião Dr.José Luís Carneiro e Freguesia de Gestaçô Carlos Manuel Ferraz
Presidente da Câmara em visita às obras do Centro Cívico 4Jun09

Quinta do Ferro com BONS VINHOS e CHAMPANHE que já obtiveram prémios
Champanhe da Quinta do Ferro (DOM FERRO)

quarta-feira, 25 de abril de 2012


SOEIRO PEREIRA GOMES - 1909-1949

Soeiro nasceu, 14 de Abril de 1909na Freguesia de Gestaçô, Concelho de Baião, Distrito do Porto, filho de Alexandre Pereira Gomes e de sua mulher Celestina Soeiro. A sua irmã Maria Alice Pereira Gomes casou com Adolfo Casais Monteiro, ambos também escritores. Viveu em Espinho, dos 6 aos 10 anos de idade, onde recebeu a instrução primária e onde passou o Verão nos primeiros anos da sua vida. Sendo filho de agricultores decidiu estudar na Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra, onde tirou o curso de Regente Agrícola, e, quando finalizou os estudos, viajou para Angola onde trabalhou por mais de um ano. Quando regressou a Portugal, foi habitar em Alhandra, onde vivia o seu sogro, como empregado administrativo na fábrica de cimentos local, onde começou a desenvolver um trabalho de dinamização cultural entre o operariado. Mas foi o seu trabalho como escritor que o tornou conhecido, sendo considerado um nome grande do realismo socialista em Portugal. Aos 30 anos, em 1939, começou a publicar escritos seus no jornal «O Diabo», à época uma publicação progressista que contrastava no panorama cinzento das publicações censuradas pelo fascismo. Entre os seus trabalhos conta-se a obra Esteiros, publicada em 1941, considerada a sua obra-prima, ilustrada, na sua primeira edição, por Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, e dedicada «aos filhos dos homens que nunca foram meninos». É uma obra de profunda denúncia da injustiça e da miséria social, que conta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos. Devido à condição de militante comunista, Soeiro passa à clandestinidade em 1945 para evitar a repressão do regime de Salazar e continua a desenvolver o seu trabalho militante. Grande fumador acaba por ser vítima de cancro pulmonar (e não de tuberculose), agravado pelas dificuldades da vida clandestina. Impedido, pela clandestinidade, de receber o tratamento médico que necessitava faleceu a 5 de Dezembro de 1949. Encontra-se sepultado em Espinho, terra que o acolheu durante a infância. Da sua sepultura consta o seguinte epitáfio "A TUA LUTA FOI DÁDIVA TOTAL" http://pt.wikipedia.org/wiki/Soeiro_Pereira_Gomes

RESENHA HISTÓRICA E CULTURAL

A freguesia de Gestaçô está situada na margem direita da ribeira de Teixeira, afluente do rio Douro, é a segunda maior freguesia de Baião. Encontra-se no limite deste concelho, com Mesão Frio, a 18 km da sede do concelho e a 4 km de Santa Marinha do Zêzere. É servida pela estrada nacional 304-3 e dispõe de uma carreira regular de transportes públicos e de uma praça de táxis. O topónimo deriva do termo "giesta", do latim "genesta", que registou uma grande evolução fonética ao longo dos séculos. O território é referenciado, na documentação oficial, desde meados do século X, numa doação de 959, em que se cita o lugar de "Genataciolo", mas o seu povoamento primitivo é muito anterior a essa data. O conjunto de moedas, em bronze, da época romana, encontradas em 1885, nas suas terras, comprova este facto histórico. Desde o século XII, pelo menos, que a paróquia de Sam Johanne de Jestaçô" esteve integrada no arcediago de Baião e na circunscrição administrativa do mesmo nome, a terra de Baião, sob cuja administração se manteve até meados do século XVII. Entre 1623 e 1907, pertenceu à comarca eclesiástica de Sobre o Tâmega. No senso realizado em 1798, urge, pela primeira vez, a designação "São João do Campo de Gestaçô". Situada entre as Serras do Marão e de Montemuro, é uma freguesia essencialmente agrícola, onde se produz um dos mais apreciados Vinhos Verdes da região. A imagem de marca desta freguesia são as famosas bengalas feitas artesanalmente, e únicas no país. Gestaçô orgulha-se das personalidades que, tendo nascido ou vivido no seio das suas terras, deram o seu importante contributo para o desenvolvimento do país e para o bem-estar da sua população, de que é exemplo o escritor Soeiro Pereira Gomes. Este autor, que alcançou, um lugar de relevo no panorama literário nacional, com a obra Esteiros, foi agraciado pelos habitantes locais com a colocação, à entrada da freguesia, de um monumento que o homenageia. As bengalas de Gestaçô assumem importância cimeira dentro do artesanato da Freguesia de Gestaçô. A quase exclusividade de produção no fabrico destes objectos faz o orgulho dos artesãos desta localidade que recebem encomendas de todo o país. No séc. XIX e no 1º quartel do século XX, a bengala era um acessório indispensável da toilette masculina. Embora não se possa dizer que tenha sofrido uma refuncionalização, isto porque já havia pessoas para as quais a bengala tinha mais significado como objecto estético do que utilitário, é encarada nos nossos dias como um objecto essencialmente decorativo. As primeiras oficinas de bengalas surgiram em Gestaçô nos finais do séc. XIX. O grande impulsionador do ofício foi então Alexandre Pinto Ribeiro, que em 1902 ali instalou a sua oficina. Pinto Ribeiro revolucionou todo o processo de fabrico das bengalas e cabos de guarda-chuva, ao introduzir uma pequena inovação: a técnica da dobragem. Esta consiste em dobrar as pontas das tiras de madeira amolecida em água a ferver, com ajuda de uma barra metálica, o que permite maior economia em termos de matéria-prima, e a obtenção de uma bengala de maior qualidade. A partir desse avanço tecnológico, Gestaçô tornou-se uma referência a nível nortenho, tanto na produção da bengala como da mão de guarda-chuva, crescendo o número de encomendas do Porto, São João da Madeira e Braga. Com a técnica veio a criatividade e o surgimento de vários motivos e desenhos originais para embelezar as bengalas: cabeças de animais, cerejeira polida, incrustações de madrepérola, prata ou ouro. Com o passar das modas a bengala deixou de fazer parte da indumentária masculina e as mãos de guarda-chuva começaram a ser fabricadas em plástico, o que provocou o fecho de muitas oficinas em Gestaçô. A generalização da Queima das Fitas a nível nacional veio, no entanto, dar um novo fôlego ao ofício: todos os anos cerca de 30 mil universitários dão bengaladas com madeira dobrada e trabalhada naquela freguesia baionense. In:http://jf-gestaco.pt/freguesia-de-gestaco/historia.html